Peritalks no Teatro Municipal Paulo Moura
O Peritalks, que a Agência Pericoco realiza no dia 09 de maio, terá como palco o Teatro Municipal Paulo Moura, de São José do Rio Preto.
Sua localização é privilegiada e um dos cartões postais da cidade. Desde 2012, quando foi inaugurado, ocupa o prédio da Swift, bem às margens da Represa Municipal.
Peritalks no teatro Paulo Moura
A estrutura está entre as maiores do interior do estado de São Paulo. Sua capacidade é de 954 lugares, sendo 940 cadeiras e 14 espaços para cadeirantes.
As cadeiras estão distribuídas em piso inferior (671) e superior (269).
Há também assentos especiais para obesos e pessoas com mobilidade reduzida. Dos seis camarins, dois são adaptados para deficientes físicos.
Seu palco, em formato semicircular, tem 22 metros de profundidade e raio de 11 metros.
O espaço conta ainda com cabine de tradução simultânea.
Quem foi Paulo Moura?
O Teatro Paulo Moura homenageia um dos maiores músicos brasileiros, o rio-pretense que levou o nome da cidade para todos os cantos e Brasil, e também para terras estrangeiras.
Ele nasceu em 1932, em São José do Rio Preto e aos 09 anos começou a estudar clarinete, que sempre foi seu principal instrumento.
Aos 12 anos, já no Rio de Janeiro, começou a tocar no conjunto do pai. Com 15 anos viu que seu destino era mesmo a música e se envolveu ainda mais com o clarinete e teoria musical, aqui pelas mãos de um dos mais conceituados clarinetista e saxofonista da época, João Batista.
Com 18 anos, em 1950, Paulo Moura começou a trabalhar como músico profissional, contratado como primeiro saxofonista solista da Orquestra de Oswaldo Borba.
Durante sua carreira, que foi interrompida em 2010, quando morreu vítima de um câncer, Paulo Moura se tornou um reconhecido compositor, arranjador, clarinetista e saxofonista.
Participou da gravação de “Palhaço”, de Nelson Cavaquinho, com a cantora Dalva de Oliveira. Em 1956 trabalhou como músico na Rádio Nacional e, em 1958, como arranjador e orquestrador, acompanhando artistas como Jorge Goulart, Dolores Duran, Nora Ney e Conjunto Farroupilha.
Em 1959, integrou a orquestra sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro como solista de clarinete.
Já em 1976, com o décimo disco da carreira, Confusão Urbana, Suburbana e Rural, Paulo Moura começa a dedicar-se à carreira solo, e assim alcança prestígio internacional.
Esteve no Festival Internacional de Jazz de Berlin (1982), Free Jazz Festival (1986) e Montreaux Jazz Festival (1992).
Entre os prêmios conquistados estão: Sharp de Melhor Grupo Instrumental e de Melhor Solista (1999); Tim de Melhor Solista Popular (2005); Grammy Latino para Música de Raiz (2000), além de mais duas indicações ao Grammy (2003, 2008) e a Medalha de Honra ao Mérito Cultural, comenda da Presidência da República (2008).
Paulo Moura também tocou com nomes como Ary Barroso, Tom Jobim, Elis Regina, Paulinho da Viola e Marisa Monte, além de astros internacionais como Lena Horn, Cab Calloway, Nat King Cole, Ella Fitzgerald, Cannonball Adderley, Sammy Davis Jr e Marlene Dietrich.
Dois dias antes de sua morte, a viúva de Paulo Moura, Halina Grynberg, junto com um grupo de amigos, promoveu um sarau musical na clínica onde ele estava internado. Paulo então pediu seu clarinete, e fez sua despedida musical.